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Posts Tagged ‘Rio Paraopeba’

Finalmente, depois de quase um ano, conseguimos publicar o relato sobre a pescaria no Rio Paraopeba. Como mencionado no artigo anterior, o local definido para a pesca, após uma reunião num buteco da capital mineira, foi a foz do Rio Paraopeba no município de Felixlândia. A Logística da pescaria, por não conhecermos a região, foi facilitada pela ajuda do Clovis – pescador que faz parte da diretoria do Clube de Pesca Barra do Paraopeba – e conhece à fundo toda a região.

A pescaria começou no sábado 17/04/2010, saída de Belo Horizonte com destino a Felixlândia através da BR 040; saímos logo na madrugada, por volta de 05h00 já estávamos abastecendo os carros e os tanques dos motores de popa; antes mesmo do sol nascer já estávamos próximos à cidade de Sete Lagoas. A primeira parada, obviamente, foi às margens da BR040, município de Paraopeba, no famoso e tradicional “Zé Cascalho”, um dos mais antigos vendedores de minhocuçu e iscas vivas de MG. Após uma boa prosa seguimos para Felixlândia, chegando no destino por volta das 09h00, a estrada está em boas condições e em fase final de duplicação do trecho entre Sete Lagoas e o entroncamento da BR 135. [foto da cidade]. A cidade é bem pacata e perpetua exatamente as tradições do interior mineiro: hospitalidade e tradicionalismo! Após uma boa prosa e uns primeiros goles de cerveja na cidade, fomos direto para a pousada vista linda – que farei um breve relato no final no post – a pousada fica aproximadamente 10Km em estrada de terra do centro de Felixlandia; a vereda está em bom estado e possibilita acesso de qualquer tipo de veículo automotor. Assim que chegamos fomos logo arrumando a tralha nos barcos que já havíamos reservado com antecedência. Pronto! Tudo posicionado dentro do barco; borá subir o rio! Foram 2h de navegação até encontrarmos uma boa clareira às margens do rio para podermos acampar… até tentamos ultrapassar um última corredeira; mas o avançar do horário e a cautela falaram mais alto. Acampamos logo abaixo da cachoeira e – acreditem – impossível um local tão aprazível para se acampar!  Vixe, tira tralha…monta barraca, estende lona pra cá, coloca o fogareiro pra lá, caixa de isopor pro lado…e assim, após umas boas horas de arrumação finalmente estávamos exaustos e, ao mesmo tempo, rejuvenescidos!

A turma de amigos estava pronta! Gonzaga tomava conta da logística do acampamento, Angelo ficava por conta da montagem do sistema de iluminação, Luiz Otávio fazia de tudo um pouco e, este que vos escreve, foi logo montando uma fogueira e limpando os arredores do camping. Pronto! Fomos pescar… quase viramos à noite tamanha a “fissura” da turma. Mandi-amarelo, piranha “viúva-negra” e “manga-rosa” foram os principais peixes capturados nesta primeira noite…opa, não podia esquecer de comentar sobre a quantidade absurda de “cirrudos/corós”, e a única maneira de evitá-los era iscando sarapós!

No segundo dia de pesca, por uma inversão climática, os peixes ficaram mais ativos: pacu-branco, dourados e os tradicionais mandis-amarelos nos proporcionaram ótimas fisgadas! Ao anoitecer fomos, mais uma vez, para as proximidades da corredeira na busca das grandes piranhas que, ao contrário das outras espécies, estavam menos ativas…neste caso, voltamos para o acampamento para fazer o segundo dever do pescador: prosear ao som das águas na companhia de uma boa cerveja gelada!

Terceiro dia, terça feira, eu e o Gonzaga acordamos bem cedo e fomos pescar nas proximidades do acampamento. Ao som da Rádio Globo – no motorádio – começamos a fazer os primeiros arremeços usando minhocuçu. O horário crepuscular é extraordináro! Logo capturamos os primeiros mandis-amarelos. Após aproximadamente 1h com boas fisgadas, resolvemos descer o rio um pouco mais… o sonar, que havia queimado o fusível, não mais servia como ferramenta de localização de cardumes, assim, como manda o bom o velho tradicionalismo, fomos usando o movimento das águas como referência para uma nova “poitada” promissora, e conseguimos. Poitamos o barco próximo à margem esquerda (10mtrs) (à montante) de maneira que fazíamos os arremeços bem próximo ao barranco, não deu outra: caímos numa verdadeira “manjuba”, capturamos em menos de 1h mais de 20 exemplares de bom tamanho, o último deles, por ironia do destino, atravessou o seu esporão no meu dedo, o que nos impossibilitou de permanecer o resto da manhã pescando!

De volta ao acampamento, os companheiros Luiz Otávio e Ângelo já haviam preparado o café e, antes de começar a degustação, fui logo tomando 2 comprimidos de antiinflamatório, analgésico e uma dose de cachaça, é claro! Gonzaga fez todo o procedimento de limpeza da ferida deixada pelo esporão, 3 horas mais tarde o local já estava sem edema, voltamos a pescaria!

Logo pelo início da tarde descemos o rio. Luiz Otávio e Ângelo optaram pela pescaria de iscas, com o intuito de usá-las na “boca da noite” e durante a madrugada; eu e o Gonzaga, da mesma forma, ficamos na captura das iscas. Não tivemos muito êxito, capturamos poucos mandis-prata e quase nenhum peixe de escama! Próximo ao período de crepúsculo vespertino, subimos o rio e “poitamos” na entrada de uma corredeira. Cada pescador iscou seu mandi-prata e ficamos na expectativa…após 2 horas de espera, tivemos pouca ação…poucas piranhas resolveram se arriscar e as que se arriscaram foram capturas e eram, em sua maioria, brancas, as famosas pirambebas!  A noite já havia tomado conta de toda a bela paisagem do Rio paraopeba, a pescaria chegava ao seu fim e o acampamento nos esperava para um bom dedo de prosa…

O último dia de permanência no Rio Paraopeba começou bem cedo, logo às 6h00 levantamos e fomos arrumando a tralha para retorno à pousada. Após 2h de arrumação, ligamos o barco e começamos a trajeto de retorno…lindas paisagens, muitos pescadores à margem do rio e represa; novos amigos e a certeza de que voltaremos a desbravar os belos peixes da Bacia do Rio São Francisco, em Felixlândia.

Mais fotos da nossa empreitada:

Para os interessados, seguem as informações para o agendamento de uma boa pescaria:

Pousada que nos serviu como apoio e aluguel dos barcos:

www.pousadavistalinda.com.br

Telefones: (31) 9216-4464 (Sra. Leni)

A pousada foi inaugurada recentemente e tem boa infraestrurua: quartos com frigobar, TV, ar condicionado e hidromassagem. O local é próximo à foz do Rio Paraopeba, são aproximadamente 30 min de barco (motor de 15-18 HP) até o Rio. A pousada tem preços diversificados e, também, atende ao público mais exigente!

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